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TOP 10 BD de Gabriel Martins (Loot) do Alternative Prison


O que é uma boa adaptação de BD? Consoante a resposta as listas podem ser bastante diferentes. Para fazer a minha privilegiei o meu gosto pelos filmes em questão, afinal de contas não interessa se a BD é uma obra-prima se o filme falhar redondamente. Mas, estamos a falar de adaptações e esse processo também foi, obviamente, pesado nas decisões. Claro que para mim uma adaptação de uma obra não tem de ser literal, o mais importante é que o espirito esteja lá e que resulte em Cinema.

10 – Road to Perdition

Já vi o filme e li a BD de Max Allan Collins e Richard Piers Rayner  há bastante tempo, mas lembro-me de ter gostado bastante de ambos. Sam Mendes tinha aqui a sua segunda longa-metragem depois do aclamado “American Beaty”.
Não superado o seu predecessor ,“Road To Perdition” não deixa de ser um belo filme,  sobre a relação entre um pai e um filho em busca de vigança. A acção desenrola-se durante a grande depressão Americana e está envolvida nos meandros da máfia italiana. Com Paul Newman num dos seus últimos grandes papéis.
A história tem como inspiração o mangá “Lone Wolf and Cub” que conta com uma série de adaptações cinematográficas.

9 - Ichi the Killer


“Ichi The Killer” trata-se de uma adaptação do mangá de Hideo Yamamoto, no entanto, se fosse uma ideia original de Takashi Miike, ninguém duvidaria. A forma como filmou esta história tem o seu cunho pessoal e afinal de contas não é isto que faz um grande realizador?
É um filme intenso e que logo no início dos demonstra que não nos vai poupar o estômago. Caramba alguma vez viram um filme em que os créditos iniciais surgem no meio de sémen? O resultado, saído da mente de Miike, é um filme fabuloso e doentio, que tem em Kakihara uma das maiores personagens de sempre neste género de cinema.

8 – Scott Pilgrim VS The World




Tenho ideia que “Scott Pilgrim” é o único filme sobre uma BD que foi feito ainda antes de esta estar concluída. Não é que seja composta por muitos volumes (6 ao todo)  mas na altura em que Edgar Wright o decidiu filmar,  Bryan Lee O'Malley ainda só tinha editado o primeiro volume. Foi caso para dizer, “amor à primeira vista”.
Uma história explosiva e carregada de referências a um cultura ligada à BD e aos jogos de vídeo dos anos 80. Caramba aquele início com o logo da Universal em 8 bits foi genial.

7 - American Splendor


Misto de filme, documentário e até mesmo BD, “American Splendor” é uma obra diferente e audaz que não teme em arriscar. Consiste na adaptação da BD auto-biográfica de Harvey Pekar, que infelizmente faleceu no ano passado.
A história da sua vida, desde como criou a BD até como enfrentou um cancro é toda contada no filme, como havia já sido feito em BD.
Pelo caminho o filme vai alternando com cenas reais onde conhecemos o verdadeiro Pekar e os seus amigos, os quais todos participaram a dada altura nas suas histórias. Pekar fez aquilo que muitos de nós gostaríamos de fazer, tornou-se numa personagem de BD. O seu papel ficou a cargo de Paul Giamatti, que é um dos grandes actores da sua geração e um dos pontos mais fortes do filme.

6 – Persepolis


“Persepolis” é a adaptação da BD auto-biográfica de Marjane Satrapi que viveu no Irão até ser enviada pelos pais para França a fim de ter uma vida melhor. É uma história poderosa que é tanto capaz de nos fazer soltar uma forte gargalhada como um longo suspiro. É o único filme de animação que coloquei no top. Sendo de animação a proximidade com a BD é ainda maior, é como dar movimento aos desenhos e nesse sentido “American Splendor” (para me cingir às biografias) é muito mais ousado. Em filme o que se aproximou mais do livro foi “Sin City” que podemos discutir se se trata de uma adaptação ou transposição de uma BD.

5 – X2





É obrigatório salientar o trabalho que Bryan Singer fez em “X-Men”, foi o seu primeiro filme que começou a infectar todos com a febre destas “novas” adaptações. Já esse era um bom filme, mas em “X2”, com um maior orçamento, Singer excedeu-se e criou um filme excepcional sobre os mutantes mais populares do mundo. “First Class” também não destoaria nesta lista, mas para poder falar de outros decidi escolher apenas um sobre os X-Men e penso que este é mesmo o meu favorito.

4- Ghost World



A melhor coisa que Terry Zwigoff fez (se é que a ideia foi dele) foi ter a seu lado Daniel Clowes na escrita do argumento deste filme. Ora Clowes é o autor da BD, logo escolha mais perfeita não haveria. Podia até não funcionar, mas “Ghost World” tem uma linguagem que flui bem em cinema e qualquer coisa que não funcionasse, bem vou assumir que Zwigoff percebe de escrita para cinema.
A BD não é muito longa e por isso não é de admirar que o argumento do filme seja significativamente diferente apesar de ter inúmeras referências e cenas idênticas às da BD. Claro que com Clowes no argumento o espírito mantêm-se intacto, o filme transmite exactamente o mesmo sentimento e ideia que a BD, ocorte com a adolescência, a entrada na idade adulta e as escolhas que vêm com isso.
Com as actrizes escolhidas cria talvez o expoente máximo da fantasia sexual teen (a Enid da BD não é tão bonita).

3 - A History of violence



Esta numeração é sempre complicada, prefiro por exemplo o argumento de “Ghost World” ao deste e ambos estiveram nomeados aos óscares, contudo “A History of Violence” tem uma realização que me seduz mais. Claro que ambos têm o estilo que precisam de ter, no fundo queria que fosse um empate.
Normalmente o lema é “se tens uma boa história, cinge-te a ela, não inventes”, mas estamos a falar de Cronemberg e um grande realizador faz toda a diferença quando falamos de cinema, estou a constatar o óbvio…
A história do filme segue o 1º capítulo da BD de John Wagner e Vince Locke, mas depois segue o seu próprio caminho e até dá uma origem diferente ao protagonista. Claro que a alma da violência continua toda lá que é o mais importante, mas Cronemberg pegou numa história e tornou-a sua, aquele seu final é um dos momentos mais icónicos do cinema actual. Talvez para uns isto não seja uma boa adaptação, mas que é um filme do caraças, é.

2 – The Dark Knight


Poucas dúvidas existirão sobre, até à data, qual o melhor filme de super-heróis deste novo século. Sim Batman não é na sua génese um “super”-herói, mas não vamos perder tempos com preciosismos.
Foi criado por Bob Kane e Bill Finger e deve ser o herói que conta com mais adaptações cinematográficas. Actualmente chegou-nos pelas mãos de Nolan que após uma bela introdução nos apresentou o confronto entre Batman e o seu maior arqui-vilão, o Joker, brilhantemente interpretado por Heath Ledger.

1 – Oldboy



Há filmes deste género que chegam a nós por serem a adaptação de determinada BD. “Oldboy” chegou até nós por ser um grande filme, ponto final.
Uma das excelentes e mais aclamadas obras cinematográficas vindas da coreia do sul por acaso consiste numa adaptação de mangá da autoria de Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi.
O filme teve tanto impacto que é provavelmente graças a ele que a BD foi editada em inglês pela Dark Horse.

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